Seminário sobre Informação e Documentação Jurídicas discute tendências

O 3º SNDIJ (Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídicas) chega ao fim apresentando discussões e propostas

Brasília, DF – O auditório da Câmara Legislativa foi palco, entre os dias 17 e 19 de setembro, de 16 palestras sobre assuntos diversificados, à luz do tema “Informação Jurídica: produzindo, gerindo, disseminando”. O evento teve como objetivo discutir as mudanças pelas quais as áreas de Informação e Documentação têm passado, em função das novas tecnologias e formatos digitais para publicações.

Edilenice Passos (Foto: Elvio Gasparotto)

Confira a íntegra da entrevista concedida por Edilenice Passos, bibliotecária do Senado Federal desde 1982, coordenadora do Comitê Gestor do Projeto LexML e coordenadora do SNDIJ, ao IndexCultural.

IC: Como nasceu o SNDIJ? Quais as motivações para a criação deste evento?
EP: A iniciativa foi da presidente da ABDF (Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal), Iza Antunes, em 2007. O desejo era ter um Seminário que pudesse discutir ideias e no mesmo ano houve a primeira edição. Participo como coordenadora desde então.

IC: Como tem sido o apoio ao evento?
EP: Mesmo sendo um evento ainda pequeno, há o apoio dos patrocinadores e bibliotecários. Neste último encontro 29 pessoas se envolveram. Tivemos ajuda do pessoal de Brasília e de outros Estados, principalmente colaborando na divulgação através das Redes Sociais, como o Facebook.

IC: Quais as principais novidades desta 3ª edição?
EP: É a primeira vez que o SNDIJ conta com um palestrante estrangeiro. Além disso, o programa está mais robusto. Incluímos visitas técnicas e informações turísticas.

(Foto: Elvio Gasparotto)

IC: Existe a ideia de sediar o Seminário em outros Estados?
EP: Existe. Há uma instituição em São Paulo, mas não posso divulgar o nome (risos). A ideia é mudar de local, com outras formas de organização. A mudança é benéfica.

IC: Já podemos dizer que todos os Estados brasileiros foram representados nas edições do SNDIJ?
EP: Ainda é uma meta. Tivemos 21 unidades em 2012. O objetivo é contar com a participação de mais arquivistas, estudantes, etc. Mas 95% do público foi composto por bibliotecários.

IC: Durante o evento foi anunciada a sua aposentadoria. Você já pensa em outros projetos ou será uma aposentadoria total?
EP: Vou continuar com atividades apenas via internet, como pesquisas e o site Infolegis. Meu marido e eu pretendemos morar no exterior e aproveitar nossa família.

IC: Quem assumirá a organização do próximo SNDIJ?
EP: Quando eu fiz o primeiro disse que seria o último (risos)… Mas a ABDF poderá assumir. Há profissionais muito competentes para essa função.

3º Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídicas (Foto: Thiago Cirne)

IC: O que a Biblioteconomia jurídica oferece de mais promissor aos profissionais? Há algum diferencial com relação a outras áreas de gestão?
EP: Não conheço detalhadamente outras áreas, mas posso dizer que na Biblioteconomia jurídica há muito o que se fazer ainda. Pode-se atuar em áreas que vão desde linguagem documentária a padronizações. O salário também é um diferencial.

IC: Existe algum projeto que vise à publicação de todo o conteúdo das 3 edições do SNDIJ?
EP: Os eventos têm seus Anais, mas uma publicação que reúna todos os artigos é uma ótima sugestão.

IC: Após 30 anos de colaboração à Biblioteconomia, como você define a profissão?
EP: Acho que pode ser definida como engajamento e criatividade.

Um comentário sobre “Seminário sobre Informação e Documentação Jurídicas discute tendências

  1. Parabéns queridos Thiago e Edilenice! Gostei muito da entrevista, e desta ideia do Seminário Nacional percorrer o país. Na reunião de avaliação do V SIDJ/RJ ficou decidido que teremos apenas mais uma edição do Seminário no Rio, e depois agregaremos recursos ao Seminário Nacional, O quarto pode ser em São Paulo e o quinto no Rio de Janeiro ou nas proximidades para que possamos contribuir mais concretamente. A presença e participação dos Bibliotecários Jurídicos do Rio de Janeiro no 3º Seminário Nacional de Informação e Documentação Jurídica em Brasília foi marcante e motivo de muito orgulho para o GIDJ/RJ.

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